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Planejando A Saída Do Negócio

Planejando a Saída do Negócio

Por que é tão difícil os donos de negócios se prepararem para sua saída?

Somos constantemente incentivados a criar negócios, a empreender, a criar uma empresa de produtos, serviços, software, informações, etc. Temos livros, conceitos e regras de ouro de como criar uma start-up, como alavancar uma empresa, tracionar, conseguir um capital de risco e sócios que se aventurem junto com o negócio. Temos histórias que incentivam os empreendedores e os levam para um horizonte superior de aspiração. Temos, hoje, um mundo de oportunidades para nos tornarmos empreendedores, talvez como nunca tivemos na história, não sendo apenas uma vocação, mas uma profissão/ocupação desejada por muitos. Se tornar, então, um empreendedor é algo fantástico e muitos entram nessa jornada e se tornam muitas vezes empreendedores seriais, competentes na arte de criar e alavancar empresas. Cada um vive seus negócios com paixão e muito trabalho duro para fazer a coisa acontecer.

Porém, chega um momento que, por diferentes e distintas razões, é necessário sair do negócio. É o momento que outros tomarão conta daquilo que um dia foi construído com esforço, dedicação, persistência e resiliência, para dizer o mínimo. E isso pode ser difícil, além de emocionalmente dolorido. Sair do seu próprio negócio pode ser um momento de decisão crítica, estresse e, por que não, uma certa dose de frustração.

Não encontramos com facilidade o caminho das pedras para sair de um negócio, da mesma forma com que podemos encontrar algumas pedras para o caminho de se abrir um negócio. Talvez porque as pessoas pensem que realmente não existe uma forma estruturada para se sair do negócio, já que ele é tão particular, e muitas vezes a cara do seu dono. Talvez porque seja difícil admitir que um empreendedor de sucesso, que construiu seu negócio muitas vezes do zero, não tenha a competência essencial para preparar e executar a sua saída. Talvez porque seja parte de não querer sair, mesmo entendendo que é necessário sair. São várias situações e vamos colocar um ponto de vista: nós acreditamos que existe forma estruturada para se sair do negócio e é possível planejar como isso será feito com competência.

Mesmo sendo possível e factível, planejar e posteriormente executar a saída do negócio não é trivial. Pensamos ser possível racionalizar tudo e gerar uma boa estratégia e tudo estará equalizado. Não é bem assim, como também não é bem assim quando geramos um plano estratégico “infalível” nas nossas organizações. Tem muito do momento, das emoções, dos relacionamentos familiares, relacionamentos com sócios, questões sucessórias, questões de culturais, entre outras questões que se tornam críticas.

Falando em sucessão, um esclarecimento no nosso ponto de vista. Um plano de saída negócios não é apenas um plano de sucessão, é mais amplo que isso, envolve distintas dimensões, que passeiam pela razão e pelas emoções de quem está envolvido. Um plano de saída do negócio tem a ver com uma forma mais sistêmica de se enxergar o negócio. As disciplinas organizacionais que tratam de estratégia, marketing, finanças, vendas e tecnologia, entre outras, se mesclam com a cultura e com as pessoas que ali trabalham, com as questões jurídicas, regulatórias e com as demais partes que se relacionam com o negócio (parceiros, fornecedores, clientes, comunidade etc).

Acima de tudo, a saída do negócio tem a ver com a criação e/ou manutenção do valor do próprio negócio. Se o empreender deseja se desfazer de um negócio em uma venda, é possível que deseje também colher a melhor oferta de venda. Precisamos acima de tudo criar valor do negócio para maximizar essa venda. Se o empreendedor deseja repassar para sócio(s) ou família, é possível que deseje ver, além da criação de valor no longo prazo, a garantia da manutenção do valor após sua saída. Além disso, precisa ter atenção especial para a compensação financeira de quem está saindo. Os acordos precisam garantir o conforto financeiro de quem vai se desfazer do seu sustento, muitas vezes o principal sustento do empreendedor e de sua família.

Seja o empreendedor sozinho na gestão de seu negócio, ou mesmo em família ou em sociedade, chega o momento de se preparar para sair do negócio. Para esse momento, planeje bem e deixe tempo para executar o plano. Pense no longo prazo, mas comece a trabalhar nisso o quanto antes.

Nos próximos posts sobre o assunto, vamos comentar sobre a execução do plano de saída e as disciplinas de gestão e organização que geralmente estarão envolvidas nessas situações.

 

Forte abraço e até lá!

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